Danças Antigamente

No tempo das antigas ternuras, a gente dançava juntinhos na maior parte das vezes e separados em outras.Para nós os tímidos, era aterrorizante e ao mesmo tempo prazeroso tirar uma moça para dançar . A possibilidade de recusar equivalia a uma espada de Dâmocles sobre as nossas cabeças, assim como a ventualidade de , durante a musica , aconteeram cderto intumescimento  de determinado orgão da anatomia masculina. O que , via de regra, acarretavam em abandono pela dama no meio do salão. Eu já escrevi sobre isso. Dava um trabalho danado controlar os passos moças e pensar no Sagrado Coração de Jesus caso a "cobra caolha" começam a se empolgar.

 

 

Dança no Brasil no século XX

 

 

Em 1915 surgiu a primeira escola de dança de salão (Suiça Louise Leitão),trouxe a forma francesa de ensinar.ensinava tango para um grupo de meninas causando um escandalo, pois era uma dança sensual,provocativa,tipica de cabaré. As aulas eram animadas com músicas ao vivo (piano). 

Em 1930 percebemos que as pessoas de familias tradicionais só dançavam em casa e com parentes,resolveu juntá-las em encontros semanais. Dai surgiram as domingueiras no pálacio Trianon (MASP).Atualmente surgem modismos a casa verão

 

 

Dança na antigo Egito

 

    

 

 

 

No Egito danças rituais para afastar maus espíritos com punhais e pandeiros,danças funerais , danças religiosas e danças artísticas , incluindo o quadro vivo eram as mais destacadas.Nota-se que depois de certo tempo , danças basicamente ritualísticas passam por um processo de reformulação e modulação para o propósito de apresentações públicas.
A maior evidência de danças orientais na Grécia , Turquia e Itália é também de caráter ritual, incluindo principalmente ritos cíclicos , que representavam uma passagem de um estado à outro na vida dos participantes. Casamento,menarca( primeira menstruação), parto e morte eram sem dúvida as ocasiões preferidas para dançar, já que é destes eventos que temos registros. Esta figura foi encontrada num palácio na Pompéia ( Itália) em 50 antes de Cristo.
Mas foi em 1300 depois de Cristo com a invasão Árabe ao Egito, que esta dança se mesclou e ganhou o caráter festivo de hoje , perdendo parte de seu jeito sagrado e ritualístico e ganhando a conotação alegre e espontânea.A dança egípcia , a grega e a Italiana segundo Irena Lexová ( autora de Ancient Egyptian dances ) não continha movimentos bruscos e retos, somente sendo fluida e suavemente seqüencial.
(Como o Tsiftetelli, pode se dizer), e a parte mais solar, masculina e Brusca teria sido introduzida na dança pelos árabes e seu folclore, por que estes movimentos só apareciam em retratos das danças Árabes e Etruscas.Compara-se ao Tsiftetelli (ritmo da dança do vente Grega e Turca ), por que este não é brusco como o Baladi (Ritmo da dança do ventre árabe)

 

 

Dança na Idade Média 

 

 

Os bárbaros, amantes das festas dançadas, contribuíram para sua manutenção, assim como aconteceu com o Teatro Popular Medieval, através dos gêneros teatrais “farsas, mistérios e moralidades”. Da Idade Média vale citar a dança mourisca surgida, segundo alguns autores, no século VIII, de acordo com outros no século XI. Reproduzia-se nela a primitiva dança de armas na forma de uma batalha entre mouros e cristãos, dança ainda hoje executada, base de várias de nossas manifestações dançadas como as “Cheganças” e as “Cavalhadas”.

E base da encenação que deu origem ao ballet. Um elo do ballet com o Brasil?

Paradoxalmente, considerando a repressão cristã, as guerras, pestes, insegurança, pânico e confusão que marcaram o desmantelamento do mundo feudal, as condições de vida do fim da Idade Média foram expressas através do que se convencionou chamar “dançomania”, movimento composto pela tarantela, a única das danças que celebrava a vida, pela dança de São Vito ou São Guido, pela dança do flautista de Hamelin e pela dança macabra.

A transformação da dança coletiva em idéias macabras resultou do antiqüíssimo e universal conceito de que a dança teria o poder de permitir a comunicação com os mortos, com o não menos antigo, de que os mortos se movimentam em alguma outra existência ou outro mundo. Encontra-se uma frase do século III, escrita por um rei de Meca: “O que sois, fomos; o que somos sereis”. Esse ditado alcançou o Ocidente fazendo com que, séculos depois, tenha originado a dança macabra. A palavra macabra vem de “kabr”, que significa tumba, e “mák”, que quer dizer cemitério. É justo supor, portanto, que tanto a palavra quanto a dança são de origem árabe.

A dança de São Vito ou São Guido é descrita como parte de uma cerimônia mórbida em que, no quarto de um moribundo, o dançarino executava uma dança em desarmonia com o corpo, composta de movimentos convulsivos e espasmódicos, até começar a babar e perder a consciência.

A dança do flautista da cidade de Hamelin impelia homens e crianças, que levados por uma alucinação mórbida saíam a pé, carregando ramos e círios, até sofrerem sérias conseqüências ou morrerem de esgotamento pelo esforço despendido. Para a lenda de Hamelin, na qual os meninos eram atraídos à montanha pela música de um flautista não houve mais que um passo.

Já a tarantela, muito dançada até hoje, parte integrante de grande parte dos ballets de repertório do século XIX, exibia a alegria e a extroversão do italiano. Originou-se, provavelmente, do torpor produzido pela mordida da aranha Lycosa Tarentula e, segundo consta, o movimento frenético da dança, tinha a propriedade de expelir através do suor o veneno do animal. Os nomes, tanto da aranha quanto da dança derivaram da cidade de Tarentum. A esse movimento se chamou “tarantismo”.

A pintura deixou inúmeras ilustrações que mostravam esqueletos se movimentando, apavorando uma população pateticamente desorganizada, de maneira democrática, arrastando atrás de si pobres e ricos, clérigos e poderosos.

Mas foi o Teatro Religioso Popular que, organizando desfiles de arcos triunfais e cortejos a cavalo ou a pé, deu origem ao “travestimento”, gênero literário ao som de cujas canções se cantava e dançava a “ canzone a ballo ”. Esses cortejos chegaram aos salões da nova classe social que ascendia ao poder com o nome de “ trionfi ”, uma tentativa de reproduzir a chegada em triunfo dos antigos imperadores romanos.

Revia-se a civilização greco-romana, chegava-se à Renascença, sobretudo em Florença. Uma vez introduzido nos salões, o grande baile popular transformou-se num baile menor: o “ balletto ”.

O poder tinha novos donos ansiosos por legitimar uma aristocracia recém-adquirida. As danças livres, espontâneas, por vezes inconvenientes, inspiravam (e o fariam sempre) os maestros de dança, mas precisavam ser domesticadas, amaneiradas, adaptadas a trajes pesados e imobilizantes.

Esses maestros, em geral, judeus, não estavam submetidos às normas da igreja cristã. Instruídos, possuíam algum dinheiro - que eles mesmos administravam -, tinham maneiras mais refinadas e livre trânsito entre o povo e a dança que ele executava espontaneamente, sem repressões, e os senhores renascentistas, que queriam, à custa de incorporar normas de “bom tom” ao seu estilo de vida, se distanciar de sua origem burguesa.

Contando com o concurso de grandes cenógrafos, até de Leonardo da Vinci, os maestros de dança criaram, a partir dos triunfos, e usando a mourisca como a dança inicial, os espetáculos que um século mais tarde e com alguns aperfeiçoamentos ficaram conhecidos como ballet.